foto: Lou Gaioto |
“Nossa
mente é um campo no qual é plantado todo tipo de semente – sementes de
compaixão, alegria e esperança, sementes de tristeza, medo e dificuldades.
Diariamente nossos pensamentos, palavras e ações plantam novas sementes no
campo da nossa consciência, e o que essas sementes geram tornam-se a substância
da nossa vida.
(...)
No campo da mente existem sementes saudáveis e
não saudáveis plantadas por nós mesmos e pelos nossos pais, pela escola, pelos
ancestrais e pela sociedade. A prática da plena
consciência nos ajuda a identificar todas as sementes que se encontram na nossa
consciência e, com esse conhecimento, podemos escolher regar apenas aquelas que
são mais benéficas.
(...)
É importante escolher cuidadosamente com quem
passamos nosso tempo. Quando conversamos com alguém que é infeliz, nossa
consciência armazenadora recebe as sementes do seu sofrimento. Se não tivermos
o cuidado de manter nossas sementes saudáveis durante a conversa, o sofrimento
dessa pessoa vai regar as sementes de sofrimento que estão em nós e nos
sentiremos exauridos.
(...)
Por este motivo, precisamos nos acercar daqueles
que regam as sementes de alegria que estão em nós. Não quer dizer que queremos
discriminar ou preterir os que sofrem, mas quando nossas próprias sementes
sadias ainda são fracas, temos necessidade de nos cercar de amigos que reguem
as sementes de paz, saúde e felicidade em nós. Quando as sementes de paz e
felicidade se tornam mais solidamente estabelecidas dentro de nós, podemos dar
uma ajuda maior aos que sofrem. Precisamos saber quando estamos fortes o
suficiente para ajudar, do contrário seremos esmagados pelas sementes difíceis
da outra pessoa”.
TICH NHAT HAHN, em “Transformações na Consciência”.
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