terça-feira, 30 de abril de 2019

Sesshin Zen Brasília





Sesshin significa retiro e é uma boa oportunidade de imersão na prática do Zen Budismo: recitar sutras, Zazen (meditação Zen), trabalho coletivo, alimentação em comunhão e palestras do Dharma.

Presença:
Monge Dengaku Sensei  e Monja Shoden (Vila Zen/RS)
Monja Kakuzen (Zen Brasília/DF)

Informações:  Formação Vicente Cañas - Rua Uberlândia 21, Chácaras Marajoara, Luziânia – GO - a  50 km do Plano Piloto. O translado será combinado com cada participante.
Excelentes acomodações e alimentação vegetariana.

Investimento:
Associados ao  Zen Brasília ou Sanghas relacionadas – R$400,00
Não-associados – R$450,00.












segunda-feira, 29 de abril de 2019

"Ontem eu era esperto, então eu quis mudar o mundo.
Hoje eu sou sábio, então estou mudando a mim mesmo"

(Rumi)





terça-feira, 23 de abril de 2019

POR QUE BUSCAR A LIBERTAÇÃO

foto: Alberdan
Quase todos nós nos aproximamos da prática do Zen como se ela oferecesse algo que precisássemos obter. Mas, na verdade, trata-se mais de algo de que precisamos nos livrar.

Você já tem tudo de que precisa para compreender a vida humana totalmente - não ficar confuso, não fiar amedrontado, não ficar habitualmente desejando coisas, não sofrer. Tudo isso já é seu agora.

No entanto, continuamos a pensar que nos falta alguma coisa vital, especialmente com relação à iluminação. E ficamos com a impressão de que se praticarmos duro por um longo tempo, então talvez possamos nos tornar budas ou seres completos.

Mas a Realidade não funciona assim. Como podemos ganhar algo que já temos, mesmo que pratiquemos meditando por séculos? É o mesmo  que desejar estar nos Estados Unidos, vivendo em Nova York.

Precisamos compreender que o antigo meditador a respeito do qual esse sujeito estava perguntando, não era real. O inquiridor o imaginou como uma pessoa à qual faltasse algo e, portanto, tinha de meditar para se tornar um buda. Mas tal pessoa não existe na verdade - nem nunca poderá existir.

O fato é que, a ninguém que vive e anda no meio de nós falta a habilidade para despertar, para ser totalmente humano, para realizar a natureza da Realidade.

Aqui está mais uma história Zen sobre um sujeito que procurou um professor Zen em busca de libertação de mente. O mestre perguntou a ele, "Quem o está prendendo?"

O homem respondeu, "Ninguém me prende".

"Por que, então, buscar libertação?"

Temos o hábito de passar pela vida procurando por algo. Até lemos livros como este porque estamos tentando encontrar algo. Mas por que procurar por algo que está bem na sua frente?

Passamos nosso tempo presos em pensamentos, dividindo tudo, separando-nos da Realidade - e aí achamos que nos falta algo e que devemos preencher essa falta.

Budas são aqueles que têm consciência de suas próprias ilusões. Podemos pensar que eles têm algum insight especial mas, na verdade, eles apenas vêem  como nós jogamos esse jogo. Eles vêem como somos levados a jogá-lo. E eles vêem quão doloroso é jogar o jogo sem compreender o que estamos fazendo.

 A prática Zen trata de nos inteirarmos, dia a dia, sobre quão rapidamente somos enganados, quão facilmente somos absorvidos por nossas próprias ideias de realidade, e quão apertadas são as amarras de nossos mesquinhos quereres e não-quereres, nossos medos e preconceitos.

(O Budismo não é o que você pensa - Steve Hagen)

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Mente

A mente não nasce nem morre. Ela é a essência do pensamento. Ela é a sabedoria perfeitamente desperta inerente a todos os seres; é o corpo dármico de todos os Budas. Contém em si todas as virtudes e não pode jamais ser maculada pela ilusão.

Todos os seres têm mente, mas, devido ao seu apego à ilusão, sua sabedoria e perfeição fica-lhes oculta. Não é necessário mais que um vislumbre da mente pura para que fantásticas forças sejam liberadas e tudo mude para melhor. A pergunta que se coloca, então, é: como podemos conhecer nossa própria mente?


A mente corre como o vento, não pode ser alcançada.

A mente é como água corrente, sem começo nem fim.

A mente é como a chama de uma vela que queima apenas em condições adequadas; seus pensamentos são como luz bruxuleante.

A mente é como um artista que pinta seu próprio carma.

A mente é um sonho que pode sonhar não ser um sonho.

(Venerável mestre Hsing Yun)





terça-feira, 16 de abril de 2019



"A maioria dos homens vive no sono. Dorme completamente ausente. Quase nunca estamos conscientes de nós mesmos". (D.I. Gurdjieff)


Zazen é despertar







segunda-feira, 15 de abril de 2019

O que é a aura? Sadhguru

"Não tente ver a aura das pessoas. A aura é a periferia da pessoa. A superfície não deve ser do interesse de quem busca a espiritualidade. (Sadhguruji)



terça-feira, 9 de abril de 2019

A COISA MAIS PRECIOSA DA VIDA


Foto: povo Krahô - TO - por Jorge Valente 
Não tenho nem um pouco de inveja


Vamos todos procurar
a coisa mais preciosa que já neste mundo
E vamos também
fazer aquele esforço para que
as coisas sem valor não nos afetem
(Jukichi Yagi)

Todos querem as coisas boas da vida e passam a existência em busca do que é bom e precioso. Só que os conceitos de "bom" e de "precioso" variam de pessoa para pessoa. Há uma história na Índia antiga que envolve o aracã(*) Pindola Bharadvaja (conhecido no Japão como Binzuru) e o rei Udayana. Eles eram amigos de infância, mas o primeiro partiu do reino para ser um discípulo de Buda, tornando-se um aracã após se dedicar com afinco à prática espiritual, enquanto o segundo se tornou um poderoso rei, conquistando inúmeros países.

Certa feita, o aracã voltou ao reino de Kaosambii, sua terra natal, onde costumava praticar zazen no bosque. Ao ouvir isso, o rei de Udayana fez-se acompanhar por um séquito de súditos e serviçais, vestiu seus melhores trajes e foi até ele. Chegando lá, estufou o peito e disse: "Eu conquistei diversos reinos e o meu poderio resplandece de forma tão forte e ampla quanto o sol. Na minha cabeça repousa a coroa celestial, o meu corpo se reveste dos tecidos mais finos e tenho as mulheres mais belas aos meus pés para me servir. E, então, não está com inveja?". Ao que o aracã respondeu, de modo simples: "Não tenho nem um pouco de inveja".

Essa história mostra que "a coisa mais preciosa da vida" para o rei Udayana não tinha o menor valor para o aracã Pindola Bharadvaja.

(*) Em japonês, arakan ou rakan; em sânscrito, arhat. É um termo usado para designar um ser de elevada estatura espiritual.

(Extraído do livro A Coisa Mais Preciosa da Vida - Shundô Ayoama Rôshi)


segunda-feira, 8 de abril de 2019

O Caminho

Campo de flores Dália - Google


O preguiçoso, o de fraca disciplina mental, o indolente, o inclinado à indulgência, o improdutivo embora jovem e forte, que falha em mobilizar-se a tempo, este jamais achará a senda da sabedoria.

Atenta às tuas palavras, domina tua mente, compromete-te com o que é bom. Por tal intermédio, pratica e realiza o caminho seguido pelos sábios.

A sabedoria nasce da meditação. Não meditar é atraso. Saiba discernir entre evolução e atraso. Escolha andar onde cresce a sabedoria.

(O Dhammapada - O Nobre Caminho do Darma de Buda)

terça-feira, 2 de abril de 2019

Foto: João Antônio 

"Os homens que buscam o seu conforto egocêntrico, anseiam pela fama e pelo louvor. Mas a fama e o louvor são como o incenso que se consome e logo desaparece. Se os homens perseguirem honras e aclamações públicas e deixarem o caminho da verdade, correrão sério perigo e, muito em breve, terão motivos para se lamentarem.

O homem que busca a fama, a riqueza e casos amorosos é como uma criança que lambe mel na lâmina de uma faca. Ao lamber a doçura do mel, a criança corre o risco de ter a língua ferida. É como o tolo que carrega uma tocha contra o vento forte; correndo o risco de ter o rosto e as mãos queimadas.

Não se deve confiar na mente que está cheia de cobiça, ira e estultícia. Não se deve deixar a mente desenfreada, deve-se mantê-la sob rígido controle."

(A doutrina de Buda - capítulo Purificação da mente)

AVISO

Em observância à recomendação do Decreto Distrital, as atividades do Zen Brasília serão temporariamente suspensas, inclusive a Jornada de Z...