segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Recesso
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
A confiança no coração
foto: Teresa Sobreira |
O caminho perfeito não conhece dificuldades
Exceto que se recusa a ter preferências;
Somente quando livre do ódio e do amor
Ele se revela plenamente e sem disfarces;
Uma diferença de um décimo de centímetro
Faz céu e terra se apartarem.
Se queres vê-lo diante de teus olhos
Não tenhas idéias fixas a favor dele ou contra ele.
Lançar o que gostamos contra aquilo que detestamos – Esta é a doença da mente.
O Caminho é perfeito como a imensidão do espaço,
Sem nada faltando, sem nada supérfluo.
É por fazermos escolhas
Que perdemos de vista o essencial (a Quididade).
O Um nada mais é que o Todo, o Todo nada mais é que o Um.
Apóia-te nisto e o resto seguirá por vontade própria;
Falei, mas falei em vão, pois o que podem dizer as palavras sobre coisas que não tem ontem, amanhã ou hoje?
(Poema de Seng Tsan)
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Invocação das Refeições - recitar antes de todas as refeições
foto: Sebastião Salgado |
- Primeiro,
Inumeráveis
trabalhadores nos trouxeram esta comida, devemos saber como chega até nós;
- Segundo,
Devemos considerar se nossa virtude e prática a merecem;
- Terceiro,
Como desejamos a condição natural da mente, para estar
livres de apegos precisamos estar livres da ganância;
- Quarto,
Como um bom
remédio para manter nossas vidas aceitamos esta comida;
- Quinto,
Para nos tornarmos o Caminho agora comemos esta comida.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
O zen é um tédio
Foto: Lou Gaioto |
Vamos admitir. O Zen é um tédio. Você não encontrará uma prática mais maçante e tediosa que o Zazen. A filosofia é árida e nada empolgante. Para mim é incrível que alguém ainda leia esta página. Você não percebe que poderiam estar jogando Tetris, bem agora? Que existem milhões de sites pornôs por aí? Por que você não arranja outra coisa para fazer?
Joshu Sasaki, um professor Zen da escola Rinzai, uma vez disse que os professores budistas sempre tentam conduzir seus estudantes ao Mundo de Buda, mas, se os estudantes soubessem o quanto seco e sem gosto o Mundo de Buda realmente é, eles nunca desejariam visitar tal lugar. Joshu está certo. Olhe para os professores Zen. Nenhum deles tem a menor noção de tendências, de moda. Eles sentam por aí olhando para paredes vazias. Pergunte a eles sobre levitação, eles não lhe dirão nada. Indague-os sobre a vida após a morte, eles mudam de assunto. Tente tratar de milagres e eles começam a jorrar coisas sem noção como carregar baldes d’água e cortar lenha para fogueiras. Eles vão para cama cedo e acordam cedo. Zen é filosofia para nerds.
O tédio é importante. A maior parte de nossa vida é enfadonha, sem gosto e entediante. Se você praticar Zazen, você vai aprender muito sobre tédio. Me lembro da primeira vez que fiz Zazen. Estava muito empolgado. Imaginava que teria visões de Krishnas com muitos braços descendo dos Céus ou que eu desvaneceria no Vácuo exatamente como a música dos Beatles ou alcançaria o Nirvana (seja lá o que isso fosse) ou alguma outra coisa maravilhosa. Mas o relógio apenas continuava a ticar, minhas pernas começavam a doer e pensamentos tolos continuavam a me tirar do eixo. Talvez eu não esteja fazendo as coisas do jeito correto, pensava. Mas não, anos após ano a mesma coisa. Tédio, tédio, tédio. Passados 20 anos, continua entediante como o Diabo.
As pessoas odeiam suas vidas cotidianas. Querem algo maior. Pensamos: “Esta nossa vida de labuta é entediante, aborrecedora e ordinária. Mas um dia, um dia…” Tem um episódio do The Monkees onde o Mike Nesmith diz que, quando ele estava no colégio, costumava caminhar para fora dos palcos da escola com a guitarra em mãos pensando “um dia, um dia”. Num momento futuro, ele diz que agora (sendo agora 1967, no auge da fama dos Monkees) ele sai do palco na frente de milhares de fãs pensando “Um dia, um dia”. A vida é assim. Nunca será perfeita. Qualquer “dia” que você imagine, nunca chegará. Nunca. Não importa o que seja. Não importa o quão bem você construa sua fantasia ou o cuidado com que siga cada passo necessário para alcançá-la. Mesmo que termine exatamente como você planejava, você acabará como Mike Nesmith. “Um dia, uma dia…” Lhe garanto.
Sua vida irá mudar. Com certeza. Mas também não ficará nem melhor nem pior. Como podemos comparar o presente com o passado? O que você sabe sobre o passado? Você não tem a mínima noção! Você mal consegue se lembrar precisamente sobre o dia de ontem, que dirá da semana passada ou de 10 anos atrás. O futuro? Esqueça…
Pessoas anseiam por fortes emoções. Experiências extremas. Algumas pessoas vem ao Zen esperando que a Iluminação seja a Experiência Máxima. A Mãe de Todas as Experiências Máximas. Mas a iluminação real é o mais ordinário do ordinário. Certa vez eu tive uma visão maravilhosa. Vi-me transportado através do tempo e do espaço. Milhões, não. Trilhões de zigalhões de anos se passaram. Não figurativamente, mas literalmente. Passaram zunindo. Vi-me exatamente na borda do tempo e do espaço, um gigante vasto composto de mentes e corpos de todas as coisas vivas que já existiram.
Foi uma incrível experiência cinética. Emocionante. Fiquei semanas extasiado. Finalmente contei ao Sensei Nishijima sobre o ocorrido. Ele disse que era devaneio. Somente minha imaginação. Não posso lhes descrever como isto me fez sentir. Imaginação?! Foi uma experiência uma experiência tão real quanto eu jamais tive. Eu estava a ponto de chorar. Depois, ainda no mesmo dia, eu estava comendo uma mexerica. Percebi o quão incrível ela era. Tão delicada. Tão maravilhosamente laranja. Tão saborosa. Então contei a Nishijima sobre o ocorrido. Esta experiência, disse ele, era iluminação.
Você precisa de um professor como este. O mundo de precisa de um monte de professores como este. Incontáveis professores teriam interpretado minha experiência como a fusão entre minha alma e Deus, como um possuidor de coisas grandes e maravilhosas, teriam se comprazido com meu crescimento espiritual e me dado orientações sobre como ainda além. E eu estaria ainda mais instigado, admito! Teria sido fisgado. Se um professor não despedaçar suas ilusões, ele não estará lhe fazendo nenhum favor.
Tédio é o que você precisa. Fundir-se com a Mente de Deus na Borda do Universo, isto é excitação. É por isso que estamos nessa coisa de Zen, certo? Comer mexericas? Fala sério, cara! O que poderia ser mais entediante que comer mexericas?
Há alguns anos, alguns psicologistas fizeram um estudo no qual colocaram alguns monges budistas e algumas pessoas comuns numa sala e ligaram eles a máquinas EEG (eletroencefalograma) para gravar suas atividades mentais. Pediram para todos que relaxassem e então introduziram um estímulo repetitivo, um relógio funcionando alto, dentro da sala. O EEG demonstrou que os cérebros das pessoas comuns paravam de reagir ao estímulo depois de alguns segundos. Mas os dos budistas continuaram a registrar cada tique-taque que ocorria. Psicologistas e jornalistas nunca souberam interpretar exatamente o que aquela descoberta significava, embora seja frequentemente citada. É uma questão simples. Budistas prestam atenção a suas vidas. Pessoas comuns imaginam que tem coisas melhor sobre o que pensar.
Tendo compreendido isto, olhe para sua vida ordinária e você encontrará coisas realmente maravilhosas. Nossa velha, banal e sem objetivo vida pode ser incrivelmente alegre – surpreendentemente, espantosamente, incansavelmente, impiedosamente alegre. Inclusive, você não precisa fazer coisa alguma para experimentar tal alegria. As pessoas acreditam que precisam de grandes e interessantes experiências. E é verdade que experiências gigantescas, traumáticas, algumas vezes trazem as pessoas, durante um piscar de olhos, para um tipo de estado de iluminação. É por isso que esses tipos de experiências são tão desejados. Mas elas se desgastam rapidamente e você logo está de volta à procura da próxima excitação. Você não precisa usar drogas, explodir coisas, ganhar a Fórmula I ou caminhar na lua. Não precisa escalar com suas mãos nuas o Himalaia, nem se atracar com sua apetecível secretária ou ficar na balada a noite inteira com pessoas lindas. Não precisa ter visões sobre a união com a totalidade do Universo. Simplesmente seja o que você é, onde você está. Limpe o banheiro. Leve o cachorro para passear. Faça seu trabalho. Esta é a coisa mais mágica que existe. Se você realmente pretende se unir com Deus, este é o modo de fazê-lo. Neste momento. Você sentado aí, com a mão por debaixo da calça, mascando batata chips, rolando a tela do computador e pensando “Esse cara está louco”. O agora é Iluminação. Este momento nunca aconteceu antes e, uma vez que tenha acabado, nunca mais voltará. Você é este momento. Este momento é você. Este mesmíssimo instante é sua fusão com o Universo inteiro, com Deus ele mesmo.
A vida que você vive agora possui alegrias que nem Deus nunca saberá.
(Brad Werner)
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
"Assim como admiro a água, eu também gostaria de ser como o ar.
Não existimos sem o ar. Nós todos sabemos, mas quase nos esquecemos disso. O ar é tão importante que não podemos viver sem ele, mesmo por um curto instante, mas ninguém respeita ou aprecia o ar.
Ainda assim, se reconhecêssemos e prestássemos atenção ao fato de que o ar nos permite a vida, a cada momento de inspiração e expiração – se disséssemos “obrigado” ao ar, segundo após segundo –
ficaríamos tão cansados que enlouqueceríamos.
Como é maravilhoso que a coisa mais importante não seja reconhecida, e exista completamente sem ser notada.
Eu gostaria de dizer que nós, seres humanos, também deveríamos ser algo assim."
(Aoyama Roshi)
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Plenitude
Alice Kholer |
A pureza é a própria prática. Não há nenhuma lacuna entre você e o zazen, entre mim e você, entre você e as árvores, entre você e um poema, entre você e o piano, entre você e seus amigos. Essa é a pureza perfeita. Essa é a nossa natureza original; muito naturalmente nós nos tornamos um. Infelizmente, porém, o conhecimento humano, a consciência empírica humana é ainda muito estreita, muito limitada. É por isso que precisamos fitar constantemente a clareza da vida humana. O ato de fitar essa clareza realmente aprofunda, dia após dia, nossa vida. Podemos então aprofundar nossa personalidade e realmente compreender uns aos outros. Se tento, primeiro, compreender intelectualmente o zazen, para depois praticá-lo, é tarde demais. A duração de nossa vida é curta demais para tanto; morreremos antes de compreender. Quer compreendamos ou não o zazen, podemos aceitá-lo como clareza, e apenas praticar. Isso se chama pureza. Finalmente, a fé torna a mente clara e pura. Isso é realização, ou não deixar nenhum vestígio da unidade; é atuação, apenas isso. Isso é perfeição, e perfeição é plenitude.
(Dainin Katagiri - Retornando ao Silêncio - a prática zen na vida diária)
domingo, 17 de novembro de 2013
"Honestamente falando, a maioria de nós está fingindo que
pratica o
Dharma. Estamos a enganar-nos. Se você quer
levar sua prática do Dharma a
sério, para que você enfrente
menos obstáculos, menos julgamento e menos
emoções
negativas, então você precisa meditar todos os dias,
sessões de 30-40
minutos. Se você não tem tempo
suficiente, fazer o tempo suficiente. Acordar
mais cedo,
gastar menos tempo no Facebook e assistindo televisão.
Você precisa
encorajar a si mesmo e demolir totalmente sua
mente julgadora. Esta é a única
maneira de realmente
melhorar.”
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Daihishin Dharani
DHARANI do GRANDE CORAÇÃO
COMPASSIVO
Honra aos Três
Tesouros
Honra ao nobre
Avalokiteshvara,
Nobre Bodissatva Mahasattva,
Que manifesta a
grande compaixão.
Om! Honra a vós,
Que protegeis todos
os que têm medo.
Sendo uno convosco,
Nobre
Avalokiteshvara de cerviz azul,
Evoco vosso coração
radiante que atende a todos os desejos,
Supera obstáculos e
purifica a delusão.
Eis o mantra:
Om! Sois luminoso
de sabedoria cintilante.
Transcendeis ao
mundo.
Oh, Rei Leonino,
grande Bodissatva.
Lembrai, lembrai
esse coração.
Agi, agi. Realizai,
realizai. Continuai, continuai.
Vitorioso, grande vitorioso, mantende-vos, mantende-vos.
Manifestação da
liberdade.
Surgi, surgi, o
virtuoso, o ser imaculado.
Avançai, avançai.
Sois supremo nesta Terra.
Removeis o mal da
ganância.
Removeis o mal do
ódio.
Removeis o mal da
delusão.
Rei Leonino,
removei, removei todas as máculas.
O lótus universal
cresce a partir de vosso umbigo.
Agi, agi. Cessai,
cessai. Fluí, fluí. Despertai, despertai.
Compassivo,
iluminai, iluminai.
Com sua cerviz
azul,
Trazeis alegria aos
que desejam enxergar claramente. Soha.
Lograis êxito.
Soha. Lograis grande êxito. Soha.
Completastes a
prática. Svaha.
Com sua cerviz
azul. Soha.
Face de javali,
face de leão. Soha.
Segurais o lótus.
Svaha.
Segurais a roda de
lâminas. Soha.
Liberais por meio
do som da concha. Soha.
Segurais um grande
cajado. Soha.
Sois o escuro
conquistador,
Que habita próximo
ao ombro esquerdo. Soha.
Vestis uma pele
de tigre. Soha.
Honra aos Três
Tesouros.
Honra ao nobre
Avalokiteshvara. Soha.
Realizai todos os
versos deste mantra. Soha!
ORAÇÃO DO CAVALO
SELVAGEM
Meu amigo,
Eles estão voltando.
De forma sagrada,
Por todo o universo,
Eles estão
voltando.
O universo inteiro
Movendo-se de forma
sagrada,
Olhe, ali!,
Do mundo
espiritual.
Eles estão
voltando.
Por todo o
universo,
Olhe,
Eles estão
voltando.
Os preceitos
Alice Kohler |
Os cinco preceitos listados abaixo, são geralmente reconhecidos pela maioria dos Budistas, embora sejam expressos de formas variadas. Não são mandamentos, mas descrições do posicionamento moral que deve ser tomado por aquele que se encontra no caminho para o Despertar.
1- Um seguidor do Caminho não mata.
2- Um seguidor do Caminho não toma o que não lhe foi dado.
3- Um seguidor do Caminho não abusa dos sentidos.
4- Um seguidor do Caminho não fala de maneira enganosa.
5- Um seguidor do Caminho não intoxica a si mesmo nem aos outros.
Existem ainda outros preceitos no Budismo. De qualquer modo, se nós pensarmos, falarmos e agirmos como agentes morais, aquilo que nós fizermos irá nascer da sabedoria e compaixão - de ver - e não de alguma estrutura imposta sobre nós.
(O Budismo não é o que você pensa) Steve Hagen
(O Budismo não é o que você pensa) Steve Hagen
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Os dez conselhos de Dipa Ma
Foto: Laila Menezes |
Dipa Ma (1911-1989) foi uma mulher notável da região de Bengala. Segundo o Wikipedia: “Desde criança mostrou grande interesse pelo Buddhismo e preferia estudar do que brincar.
Diferente de outras garotas da região, ela insistia em ir para a escola,
mas com doze ano se casou e foi viver com seu marido em Yangon. Após a morte de
seu marido, em 1957, ela passou a praticar vipassana, realizando um notável
progresso. Em 1963 ela começou a estudar os siddhis, poderes espirituais. Em
1967, ela se mudou para Calcutá onde ensinou meditação para muitos alunos.
Joseph Goldstein, Jack Kornfield e Sharon Salzberg (“Dipa Ma foi a pessoa mais
amorosa que já conheci” – Sharon Salzberg), que mais tarde se tornaram
proeminentes professores nos EUA, foram apresentados a Dipa Ma em 1970. No
começo dos anos 80 ela ensinou no Insight Meditation Society in Barre,
Massachusetts”.
Tendo sido aluna de Mahasi Sayadaw, na Birmânia, Dipa Ma foi reconhecida
amplamente por sua realização espiritual e poderes supranormais. Ainda assim
tinha uma humildade impressionante. Era impossível não se sentir tocado por sua
presença, onde metta simplesmente transbordava. Tive a grande fortuna de
conhecê-la quando passei algumas semanas em Calcutá, em minha primeira viagem à
Índia. Eu não sabia que ela morava em Calcutá, e quando Anagarika Munindra-ji
me contou e, ainda mais, disse que eu poderia visitá-la, fiquei sem palavras.
Passei uma tarde em sua casa, junto com sua filha, tomando chá e conversando
sobre o Dhamma. Ganhei uma maçã de suas mãos, um dos melhores presentes que já
recebi.
Aqui traduzo 10 conselhos de Dipa Ma. Impossível se perder se você
segui-los:
1. Escolha uma
prática de meditação e se mantenha com ela. Se você quer progresso na meditação
fique com uma técnica.
2. Medite todos os
dias. Pratique agora. Não pense que poderá fazer mais depois.
3. Qualquer situação
é trabalhável. Cada um de nós tem enorme poder. Isso pode ser utilizado para
ajudar a nós mesmos e os outros.
4. Pratique a
paciência. Paciência é uma das mais importantes virtudes para o desenvolvimento
da vigilância e da concentração.
5. Liberte sua mente.
Sua mente é todas as estórias.
6. Refresque o fogo
das emoções. A raiva é um fogo.
7. Divirta-se no
caminho. Sou muito feliz. Se você vier meditar você também será feliz.
8. Simplifique. Viva
de forma simples. Uma vida muito simples é boa para tudo. Muito luxo é um
obstáculo para a prática.
9. Cultive o espírito
da bênção. Se você abençoar aqueles à sua volta isso o inspirará a ser zeloso a
cada instante.
10.
Esta é uma jornada circular. A meditação integra a pessoa inteiramente.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
RESPIRE, VOCÊ ESTÁ VIVO!
Santos-SP - Araquém Alcântara |
Respire e saiba que está vivo.
Respire e saiba que tudo está
ajudando-o.
Respire e saiba que você é o mundo.
Respire e saiba que a flor está
respirando também.
Respire por você e respire pelo
mundo.
Respire por compaixão e respire de
alegria.
Respire e seja um com o ar que
respira.
Respire e seja um com o rio que
corre.
Respire e seja um com a terra que
pisa.
Respire e seja um com o fogo que
incandesce.
Respire e quebre o pensamento de
nascimento e morte.
Respire e veja que impermanência é
a vida.
Respire de alegria por estar firme
e calmo.
Respire para sua tristeza sair
correndo.
Respire para renovar cada célula do
seu corpo.
Respire para renovar as profundezas
de sua consciência.
Respire e permaneça no aqui e
agora.
Respire e tudo o que você tocar é
novo e real.
Annabel Laity
NHAT HANH, Thich. Respire,
você está vivo.
Vozes, 2008, p.5
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Palavras de Buda
Primavera no Canadá - Sônia Putini |
"Para sobrepujar o desejo, pratique a contemplação do cadáver, olhando profundamente para os nove estágios do decaimento corpóreo, desde o momento em que a respiração cessa até o ponto em que os ossos se transformam em pó.
Para sobrepujar a raiva e o ódio, pratique a contemplação acerca da compaixão. Ela ilumina as causas da raiva e do ódio dentro de nossas mentes e das mentes daqueles assim afetados.
Para sobrepujar o apego e avidez, pratique a contemplação acerca da impermanência, iluminando o nascimento e morte de todas as coisas.
Para sobrepujar a confusão e dispersão, pratique a contemplação sobre a completa consciência da respiração.
Se praticar regularmente estas quatro contemplações, você atingirá a liberação e a iluminação."
(Palavras de Buda - Thich Nhat Hanh - Velho Caminho, Nuvens Brancas - Seguindo as Pegadas do Buda)
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Respiração
terça-feira, 1 de outubro de 2013
foto: Lou Gaioto |
Se o seu objetivo é um milagre, você
pode até alcançá-lo, mas para Buda o supremo milagre é você lavar seu prato
depois de comer.
Se o seu objetivo é curar o corpo, você
pode até atingi-lo, mas para Buda isso pouco adianta sem curar os males da
mente: ignorância, cólera e desejos desenfreados.
Se o seu objetivo é arranjar emprego ou
melhorar sua situação financeira, você pode até consegui-lo, mas Buda fala
sobre desapego – não renuncia - em relação aos bens materiais.
Se o seu objetivo é adquirir poderes
sobrenaturais, você pode até adquiri-lo, mas para Buda o maior poder
sobrenatural é o triunfo sobre o egoísmo.
Se o seu objetivo é triunfar sobre seus
inimigos, você pode até construí-lo, mas para Buda o único triunfo que conta é
do homem sobre si mesmo.
Se o seu objetivo é massagear o ego com
poder, fama, elogios e outras vantagens, você pode até ter essa satisfação, mas
Buda esvazia os egos inflados.
Se o seu objetivo é ter as falhas
perdoadas, deixando-o livre para errar de novo, você pode até se aproveitar
disso, mas Buda lhe ensina a implacável Lei de Causa e Efeito e a necessidade
de uma autocrítica consciente e profunda.
Se o seu objetivo é buscar respostas
cômodas e fáceis para indagações existenciais, você pode até encontrar usufruto,
mas Buda revela a verdade sobre você mesmo.
Se o seu objetivo é seguir cegamente uma
crença, não é este o caminho, pois Buda nos ensina a pensar com a nossa própria
cabeça.
Se você só quer ser sério e austero,
não procure o budismo, pois Buda vai ensiná-lo a brincar e divertir mas se você
só quer brincar e divertir, também não procure o budismo pois Buda o ensinará a
ser sério e austero.
Extraído
do “Desfazendo Equívocos” da Reverenda Yvonette Gonçalves
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
“Seja fácil com as pessoas e situações. Não fique estressado ou
temeroso. Tudo é apenas uma peça. Há significado em tudo que acontece. Aprenda
a se ajustar e entender. Preocupação traz peso. Deixe o passado ser passado.
Deixe que tudo flua naturalmente. Foque no presente. Seja uma fonte de
preenchimento e haverá facilidade” . - Buda
Por do sol - Acre - foto de Eden Magalhães |
terça-feira, 24 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Meditar e o Zen
foto: Alice Kohler |
Eu os convido a um momento de Zazen. Vamos nos sentar sem
recostar nas poltronas, mantendo as costas retas, os pés firmes no chão,
paralelos.
Vamos procurar encontrar nosso ponto de equilíbrio
balançando o corpo para a esquerda e para a direita como um pêndulo. Ao
perceber o centro físico de seu corpo, fique aí. Solte o ar pela boca,
profundamente. Esvazie os pulmões de ar e a mente de todos os pensamentos,
idéias, conceitos.
Coloque as mãos no mudra cósmico, ou seja , a direita por
baixo e a esquerda sobre ela, ambas as palmas para cima, apoiando as costas das
mãos no colo e tocando com os dedos mínimo o abdômen. Os polegares se tocam de
leve, como se houvesse uma finíssima folha de papel entre eles. A ponta da
língua no palato atrás dos dentes frontais. Os olhos pousados, entreabertos,
num ângulo de 45 graus.
Soltando todo o ar, vamos perceber tudo o que é neste
instante.
Vamos encontrar o ponto de equilíbrio perfeito.
Exatamente aqui, exatamente agora.
Foco firme e perfeito abrange toda a vida do universo.
Isto é Zen.
Zen significa um estado de meditação profunda. Não é algo
que possa ser comprado em alguma loja. Nós temos de fazê-lo.
A palavra vem do sânscrito Dhyana ou Jhana, que os
chineses chamaram de Ch’an e os
japoneses de Zen.
(Monja Coen Roshi)
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
O que é Buda?
O que significa Buda?
O que é despertar?
A gente desperta para quê?
O Buda não é uma idéia de um ser sábio e que permanece no seu trono de sabedoria suprema.
O Buda reflete a sabedoria no dia a dia, nos nossos encontros e desencontros. Quais são as decisões iluminadas que tomamos?
As decisões iluminadas geram alegria e contentamento ao nosso redor.
As decisões não iluminadas geram dor e sofrimento ao nosso redor.
(Zen Yoga - Monja Coen) foto: série onças de Araquém Alcântara
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Palavras do Darma
Se cada um de nós estudar direito o seu
papel, a sua parte nas cenas da vida, se
atuar de forma correta, todos se beneficiam.
Como fazer para que o grupo fique melhor?
Como servir? Como nos tornar o elemento
que é a ponte, que facilita para que todos
possam fazer uma boa atuação no espetáculo
da vida?
Monja Coen - Palavras do Darma — em foto de Lou Gaioto.
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