Foto: Araquém Alcântara |
“Soltar, diminuir o ritmo e parar não são
apenas essenciais para chegar à iluminação, mas também cruciais para
sobrevivermos na vida cotidiana. O estresse, que é causado por não saber como
não fazer nada, é a mais essencial arma de destruição em massa. Tantas doenças,
mentais e físicas, são causadas por estresse. Há três séculos e meio, o
filósofo francês Blaise Pascal reconheceu isso quando disse, “Todos os
problemas do homem vem de não saber sentar e parar”.
Em uma parte do tempo
não há nada a fazer. Mesmo assim nessas horas você é incapaz de não fazer nada.
Você esqueceu como é isso. Por isso você se debate inutilmente. Se você fosse
sábio, quando não houvesse nada para fazer então você não faria nada! Faz tanto
sentido.
Todos nós precisamos
aprender a não fazer nada para que nas horas certas possamos descansar e
relaxar. Felizmente, para aqueles que não tem a oportunidade de ir aos
mosteiros, professores estão disponíveis em bom número na maioria das cidades
modernas. Eles podem ser encontrados nos grandes cruzamentos. Eles são os
semáforos. Quando a luz vermelha aparecer, ela diz “Pare!”. Essa é a prática de
soltar. Você já aprendeu a não fazer nada quando o sinal fica vermelho? Ou
somente o carro para enquanto você continua correndo? Se é assim, então
uma oportunidade está sendo perdida. No sinal vermelho, você pode abrir
sua mente ao presente e permitir a paz e a beleza inesperadas aparecerem ao seu
redor. Já ouvi, mas ainda não vi, que na capital da espiritual Índia, Nova
Delhi, quando o sinal vermelho se ativa aparecem cinco letras, r, e, l, a, x:
relax (relaxe). Não são sinais de pare, são sinais de relaxe. Que ótima idéia.
Se não é verdade, deveria ser!
Se você não reservar um
tempo para aprender a não fazer nada, se você não é capaz de relaxar num sinal
vermelho da vida, então brevemente você será forçado a parar num túmulo
precoce. Como diz aquele ditado antigo, “A morte é o jeito da natureza
forçá-lo a diminuir o ritmo”. Recomendo a meditação no lugar da morte
prematura.”
~ Ajahn
Brahm, em “Mindfulness, Bliss, and Beyond: A
Meditator’s Handbook”
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