O que estamos confrontando exatamente nessa experiência? Ou no que pensamos a respeito dessa experiência? O que está implícito, ou achamos que está implícito?
A mente em paz, a mente “curada”, a mente sem apegos a conceitos é o caminho, diz Katie. “Até a mente estar em paz, nada está curado“, diz ela.
Como diria o monge sábio budista do Século VIII, Shantideva, “além de domar a mente, o que há?“.
Segue a resposta de Katie à pergunta sobre o diagnóstico.
Amigo: O que você diria a alguém que acabou de ser diagnosticado com câncer?
Byron Katie: “Trabalho com a mente porque o corpo vai morrer de qualquer maneira, seja câncer ou não câncer. Não há um conceito mais poderoso do que outro. É o apego que nós colocamos nele — esse é o engano que está colocado. Se você estiver trabalhando com a mente e tiver clareza, então você sabe que se você ingerir grama de trigo, o pior que pode acontecer é um conceito. E você sabe que se você não ingerir grama de trigo ou quimioterapia, o pior que pode acontecer é um conceito.
Então, apenas lide com os conceitos e vá em paz. Você consegue o melhor médico do mundo e o remédio não funciona — às vezes parece funcionar — às vezes não funciona. Mas o pior que pode acontecer em ambos os casos é nada ser curado. Você percebe? Até a mente estar em paz, nada está curado.
Para usar uma outra metáfora — quebrar minha perna quando eu quero ir esquiar pode ser mais doloroso do que seu câncer. E não estou falando sobre a dor da perna sendo quebrada. É meu desejo de esquiar. O que isso poderia me trazer pode ser mais doloroso do que seu câncer no momento, porque eu poderia contar a história do que eu perdi, e a história do que eu perdi pode ser igualmente tão dolorosa no momento. Então o pior que pode acontecer em qualquer momento é uma mente não-curada. E uma mente não-curada para mim é uma que simplesmente não foi percebida com compreensão, compaixão, amor. Encontre o que aparece desse jeito. E então tudo mais tem que seguir porque não é real; é uma imagem refletida. Exatamente como os conceitos, que não são reais.”
— Byron Katie, em “Losing the Moon”, pgs 6
(Texto extraído do Dharmalog.com)
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