segunda-feira, 20 de abril de 2015

Os rótulos não devem condicionar a mente




Foto: Ricardo Takamura


A verdade não tem rótulos.  Ela não é budista, judaica, cristã, hindu ou muçulmana. Não é monopólio de quem quer que seja. Estes e outros rótulos sectários são obstáculos à Compreensão da Verdade, porque germinam no homem o individualismo, que é o espírito da separação e condicionamentos, como os preconceitos e outros, prejudiciais a sua mente. Isto é válido tanto em assuntos intelectuais, como em espirituais, e também nas relações humanas. Quando encontramos alguém, não o consideramos simplesmente um ser humano. Logo o identificamos com um rótulo: inglês, francês, alemão, japonês, judeu, branco ou preto, católico, protestante, budista etc. Imediatamente o julgamos com todos os preconceitos e atributos associados ao rótulo condicionado em nossa mente. E, não raro, acontece, na maioria das vezes, que o referido indivíduo está inteiramente isento dos atributos que lhe conferimos.


Apaixonamo-nos de tal modo pelos rótulos discriminativos, que chegamos ao ponto de aplica-los às qualidades e sentimentos humanos comuns a todos.  Falamos de diferentes “tipos” de caridade como, por exemplo, a caridade budista, ou a caridade cristã e desprezamos os outros tipos de caridade. No entanto, a caridade não pode ser sectária, pois se o for, já não é mais caridade. A caridade é a caridade e nada mais; não é budista, nem cristã, hindu ou muçulmana. O amor de uma mãe para com seu filho é simplesmente o amor maternal, e este não é budista ou cristão, nem pode ter outras classificações.


(Budismo psicologia do autoconhecimento - Dr. Georges da Silva e Rita Homenko - Ed. Pensamento)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AVISO

Em observância à recomendação do Decreto Distrital, as atividades do Zen Brasília serão temporariamente suspensas, inclusive a Jornada de Z...