Foto: Ricardo Takamura |
A verdade não tem rótulos. Ela não é budista, judaica, cristã, hindu ou
muçulmana. Não é monopólio de quem quer que seja. Estes e outros rótulos sectários
são obstáculos à Compreensão da Verdade, porque germinam no homem o
individualismo, que é o espírito da separação e condicionamentos, como os
preconceitos e outros, prejudiciais a sua mente. Isto é válido tanto em
assuntos intelectuais, como em espirituais, e também nas relações humanas.
Quando encontramos alguém, não o consideramos simplesmente um ser humano. Logo
o identificamos com um rótulo: inglês, francês, alemão, japonês, judeu, branco ou
preto, católico, protestante, budista etc. Imediatamente o julgamos com todos
os preconceitos e atributos associados ao rótulo condicionado em nossa mente.
E, não raro, acontece, na maioria das vezes, que o referido indivíduo está
inteiramente isento dos atributos que lhe conferimos.
Apaixonamo-nos de tal modo pelos rótulos discriminativos,
que chegamos ao ponto de aplica-los às qualidades e sentimentos humanos comuns
a todos. Falamos de diferentes “tipos”
de caridade como, por exemplo, a caridade budista, ou a caridade cristã e
desprezamos os outros tipos de caridade. No entanto, a caridade não pode ser
sectária, pois se o for, já não é mais caridade. A caridade é a caridade e nada
mais; não é budista, nem cristã, hindu ou muçulmana. O amor de uma mãe para com
seu filho é simplesmente o amor maternal, e este não é budista ou cristão, nem
pode ter outras classificações.
(Budismo psicologia do autoconhecimento - Dr. Georges da Silva e Rita Homenko - Ed. Pensamento)
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