Rio Tapajós/PA - foto Alice Kohler |
Vivemos num tempo em que meditação deixou de ser somente uma prática individual. Nós temos que praticar como uma comunidade, como uma nação, como um planeta. Se realmente queremos que a paz seja possível de acontecer, então devemos tentar olhar para a realidade de forma a ver que não existe separação. É muito importante nos treinarmos a olhar de uma forma não dualista. Sabemos, pela nossa própria experiência, que a outra pessoa não está feliz, é muito difícil para nós sermos felizes. A outra pessoa pode ser sua filha, seu parceiro, amigo, mãe, seu filho, seu pai ou seu vizinho. A outra pessoa pode ser da comunidade cristã, da comunidade judaica, da comunidade budista ou da comunidade islâmica. Porque sabemos que segurança e paz não são questões individuais, iremos agir em prol do bem comum. Qualquer coisa que fizermos para ajudar nossos amigos, nossos vizinhos e outros países, para que eles se tornem mais seguros e mais respeitados, irá nos beneficiar também. De outra forma, somos capturados por nossa ignorância. A nossa visão dualista nos faz agir de uma forma que continuará nos destruindo e destruindo o mundo.
(Thich Nhat Hanh)
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