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foto: Alice Kohler |
Eu os convido a um momento de Zazen. Vamos nos sentar sem
recostar nas poltronas, mantendo as costas retas, os pés firmes no chão,
paralelos.
Vamos procurar encontrar nosso ponto de equilíbrio
balançando o corpo para a esquerda e para a direita como um pêndulo. Ao
perceber o centro físico de seu corpo, fique aí. Solte o ar pela boca,
profundamente. Esvazie os pulmões de ar e a mente de todos os pensamentos,
idéias, conceitos.
Coloque as mãos no mudra cósmico, ou seja , a direita por
baixo e a esquerda sobre ela, ambas as palmas para cima, apoiando as costas das
mãos no colo e tocando com os dedos mínimo o abdômen. Os polegares se tocam de
leve, como se houvesse uma finíssima folha de papel entre eles. A ponta da
língua no palato atrás dos dentes frontais. Os olhos pousados, entreabertos,
num ângulo de 45 graus.
Soltando todo o ar, vamos perceber tudo o que é neste
instante.
Vamos encontrar o ponto de equilíbrio perfeito.
Exatamente aqui, exatamente agora.
Foco firme e perfeito abrange toda a vida do universo.
Isto é Zen.
Zen significa um estado de meditação profunda. Não é algo
que possa ser comprado em alguma loja. Nós temos de fazê-lo.
A palavra vem do sânscrito Dhyana ou Jhana, que os
chineses chamaram de Ch’an e os
japoneses de Zen.
(Monja Coen Roshi)