quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

História de Buda


O tolo

1. Longa é a noite do insone. Longa é a jornada do fatigado. Longo é o caminho do nascimento e da morte para o tolo que desconhece o sublime Darma.

2. Se um caminhante não encontra ninguém melhor ou igual a ele, antes de padecer da associação com tolos, que prossiga sozinho e resoluto em sua jornada.

(O Dhammapada)

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Prática Zen

A prática Zen não trata meramente de aprendermos a abandonar essa mente descontente e barulhenta que reclama, chuta e grita. Ela trata de aprendermos a nos esquecer dela. Quer essa mente vá perdurando ou não, não nos preocupamos com ela. Apenas deixamos que ela se vá. Retiramos nossa atenção dos emaranhados que invocamos em nossa mente e nos voltamos para o que está realmente acontecendo bem aqui e agora, neste momento.

Prática Zen Brasília

Segunda e Quarta - 19h30
Quinta - 7h
Sexta (instruções para iniciantes) - 19h30
Domingo (instruções para iniciantes) 10h

Todos são bem-vindos!
Gassho!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Canyons em uma xícara



A prática zen é sobre estar desperto, estar atento. Mas se a questão é estar desperto, o que fazermos quanto a isso? Como é que nós nos despertamos?

E o que significa estar desperto? Já não estamos despertos agora?

Huang Pó, um mestre zen do século sétimo, disse:

Se vocês estudantes do Caminho não despertarem para essa Mente, vocês irão revestir a Mente com pensamento conceitual.

Vocês vão procurar Buda fora de vocês, e vão continuar apegados a formas, práticas religiosas e assim por diante - tudo o que é danoso e de modo algum o caminho para a suprema Sabedoria.

Isso é exatamente o que fazemos. Nós revestimos nossa experiência direta da Realidade com nossas idéias do que é real. E como nossa habilidade para fazer isso é tão sutil e tão altamente desenvolvida, nós nem sabemos que estamos fazendo isso. Daí nos tornamos cronicamente confusos.
foto: Google

Tome qualquer objeto - uma montanha, o céu, ou um objeto do dia-a-dia como uma xícara de chá. Nossa maneira usual de pensar é, "É apenas uma xícara". Geralmente conhecemos o objeto tão bem, e o classificamos tão rapidamente que o ignoramos quase por completo. Preparamos um bule de chá ara nós e enchemos cegamente a xícara sem nenhum pensamento e praticamente sem nenhuma atenção para o que estamos fazendo, na realidade. Fazemos isso por que"sabemos" - acreditamos que sabemos - que se traga apenas de uma xícara e nada mais. 

Mas se realmente prestarmos atenção no que está sendo de fato experienciado, não se trata apenas de uma xícara. Se nós olharmos, podemos ver o universo inteiro bem aqui nesta xícara. Dentro de uma xícara, como o poeta sufi Kabir diria, "existem  canyons e montanhas cheias de pinheiros".

Qualquer coisa que você possa empacotar em sua mente, qualquer coisa que você possa enquadrar  e separar das outras coisas, é um conceito. E confundir nossos conceitos com a Realidade é o que nos causa tantos problemas. 

(O Budismo não é o que você pensa - encontrando liberdade para além das crenças - Steve Hagen)

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Medicina coletiva

foto: Lou Gaioto


Nos tempos atuais, a consciência coletiva de nossa sociedade está muito mal da saúde. Mas podemos aprender a nos curar e a nos transformar. Para fazer isto, temos de criar um corpo de sangha, isto é, uma consciência coletiva capaz de nos proteger. Nas cidades, basta a gente olhar em torno, ouvir os sons, estabelecer contato com algumas pessoas e pode-se ficar doente. Quanto se entra num ambiente de retiro, pode-se fechar a porta sobre tudo isso e abrir a porta para a dimensão espiritual. Nosso corpo recebe um impulso tanto físico quanto mental. Uma prática espiritual de oração pode lembrar-nos que a felicidade não depende de um diploma, de um emprego ou de um carro. Não temos ainda um nome para designar a medicina que reconhece a influência coletiva ou "a medicina da mente una". Quando acontece alguma coisa, mesmo que seja distante de nós no espaço e no tempo, isto influencia a mente una. A capacidade de ver isto é essencial para compreender a medicina coletiva.

Nosso corpo é como a Terra. Não só os que estão perto de nós, mas pessoas, acontecimentos e ações distantes milhares de quilômetros podem afetá-lo. O que está acontecendo agora, o que aconteceu no passado, o que outras pessoas estão fazendo e pensando, tudo isso tem influência sobre nossa saúde.

(Thich Nhât Hanh - A energia da oração)


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

O esforço correto




A diligência correta, ou o esforço correto, é um tipo de energia que nos ajuda a percorrer mais rápido o Nobre Caminho Óctuplo. Se formos diligentes na procura de posses, sexo ou comida, isso será o esforço errôneo. Se trabalharmos vinte e quatro horas por dia para obter lucro ou fama, ou para fugir da dor, isso também constitui esforço errôneo. Vistos de fora, podemos parecer diligentes, mas não estaremos praticando o esforço correto. A mesma coisa se aplica à nossa prática de meditação. Podemos parecer diligentes, mas se ela nos afasta da realidade ou daqueles a quem amamos, não é o esforço correto. Nossa prática deve ser inteligente, baseada na compreensão do ensinamento. Não é porque praticamos muito que podemos dizer que praticamos o esforço correto.

(A essência dos ensinamentos de Buda - Thich Nhat Hanh)

AVISO

Em observância à recomendação do Decreto Distrital, as atividades do Zen Brasília serão temporariamente suspensas, inclusive a Jornada de Z...