Zen não é uma espécie de empolgação, e sim concentração em nossa vida diária.
foto: Lou Gaioto |
Meu mestre morreu quando eu tinha trinta e um anos. Embora eu quisesse me dedicar inteiramente à prática do Zen no mosteiro Eiheiji, tive que sucedê-lo em seu templo. Com isso fiquei muito ocupado e, tão jovem ainda, deparei com muitas dificuldades. Essas dificuldades me deram alguma experiência mas ela não significava nada comparada ao autêntico, calmo e sereno modo de viver.
É necessário seguir a via constante. O Zen não é uma espécie
de empolgação, e sim concentração em
nossa rotina diária. Se você ficar
demasiado ocupado e agitado, sua mente se tornará grosseira e instável. Isso não
é bom. Se possível, procure ser calmo, alegre, evitando agitações. Por via
de regra, tornamo-nos cada vez mais ocupados, dia após dia, ano após ano, especialmente
em nosso mundo moderno. Se depois de muito tempo retornamos a lugares que nos
eram familiares, ficamos espantados com as mudanças. Isso é inevitável. Mas, se
nos interessarmos demais por situações excitantes o mesmo por nossa própria
mudança, ficaremos envolvidos em nossa vida atribulada e nos perderemos. No
entanto, se sua mente está calma e firme, você pode se resguardar do mundo
barulhento, mesmo no meio dele. Apesar do barulho e das mudanças, sua mente
conservará a quietude e estabilidade.
(Shunryu Suzuki - Mente Zen, mente de principiante)
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