quarta-feira, 26 de junho de 2013

Zazen

A nossa prática de Zazen é uma prática que nos ajuda a ir um pouco mais além.

Quando estamos fazendo Zazen, não estamos fazendo dialética, o que não significa que vamos anular a mente lógica, mas que vamos usar outra parte de nosso cérebro. Essa é a descoberta mais recente da ciência: a plasticidade dos neurônios.

Podemos ser treinados em tudo e em qualquer coisa. Temos tendências e aptidões, mas temos também essa capacidade e podemos escolher; podemos treinar neurônios de compaixão, de amorosidade, de cooperatividade, de trabalho conjunto, de compartilhamento, em vez de treinar neurônios de competição, de rivalidade, de destruição, de vingança, de rancor, de ódio e de tristeza.

(Palavras do Darma - Monja Coen)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Budismo engajado

Thich Nhat Hanh: Os 14 preceitos do budismo engajado

O mestre zen, vietnamita,  Thich Nhat Hahn, trouxe para o ocidente o termo “budismo engajado”. O termo se refere a uma prática socialmente comprometida somada a observância de preceitos básicos do budismo. Abaixo, a relação feita pelo mestre zen de um ética para o ativismo e a ação social.

1. Não seja idólatra por causa de nenhuma doutrina, teoria ou ideologia, mesmo as budistas. Os sistemas budistas de pensamento são meios de orientação; eles não são a verdade absoluta.

2. Não pense que o conhecimento que você possui no presente é imutável, ou que ele é a verdade absoluta. Evite ser fechado e estar preso a opiniões presentes. Aprenda a praticar o desligamento de pontos de vista a fim de estar aberto a receber os pontos de vista de outros. A verdade é encontrada na vida e não simplesmente no conhecimento de conceitos.

3. Não force os outros, incluindo crianças, por nenhum meio, a adotar seus pontos de vista, seja por meio de autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda, ou mesmo educação. Entretanto, através do diálogo compassivo, ajude os outros a renunciarem o fanatismo e a estreiteza de idéias.

4. Não evite o sofrimento, não feche seus olhos ao sofrimento. Não perca a consciência da existência do sofrimento na vida do mundo. Encontre maneiras de estar com aqueles que estão sofrendo, incluindo contacto pessoal, visitas, imagens e sons. Por tais meios, lembre a si mesmo e aos outros à realidade do sofrimento no mundo.

5. Não acumule riqueza enquanto milhões passam fome. Não faça o objetivo da sua vida adquirir fama, lucro, riqueza, ou prazer sensual. Viva simplesmente e compartilhe seu tempo, energia e recursos materiais com aqueles que estão passando necessidades.

6. Não mantenha a raiva ou o ódio. Aprenda a penetrá-los e transformá-los enquanto eles ainda só existem como sementes na sua consciência.

7. Não se perca nas distrações à sua volta, mas continue sempre em contacto com tudo que é maravilhoso, refrescante e curativo dentro de você e ao seu redor. Plante sementes de alegria, paz e entendimento em si mesmo, a fim de facilitar o trabalho de transformação nas profundezas da sua consciência.

8. Não pronuncie palavras que podem criar discórdia e causar a quebra da comunidade. Faça todos os esforços para reconciliar as pessoas e resolver todos os conflitos, nem que sejam pequenos.

9. Não diga coisas falsas nem por interesse pessoal, nem para impressionar as pessoas. Não diga palavras que causam divisão e ódio. Não espalhe notícias que você não sabe se são verdadeiras. Não critique ou condene coisas das quais você não tem certeza. Sempre fale a verdade, de maneira construtiva. Tenha a coragem de levantar sua voz quando vir uma situação injusta, mesmo quando ao fazer isto você coloca sua segurança em perigo.

10. Não use a comunidade budista para ganho ou lucro pessoal, e não transforme sua comunidade em um partido político. Uma comunidade religiosa, no entanto, deve tomar uma atitude clara contra a opressão e injustiça, e deve tentar mudar a situação sem se envolver em política partidária.

11. Não viva com uma vocação que é nociva aos seres humanos e à natureza. Não invista em companhias que privam outras pessoas da sua chance de viver. Selecione uma vocação que o ajude a realizar seu ideal de compaixão.

12. Não mate. Não deixe que outras pessoas matem. Encontre todos os meios possíveis de proteger a vida e impedir a guerra.

13. Não possua nada que deveria pertencer a outras pessoas. Respeite a propriedade dos outros, mas impeça os outros de lucrarem do sofrimento humano ou do sofrimento de outras espécies na Terra.

14. Não maltrate seu corpo. Aprenda a cuidar dele com respeito. Para preservar a felicidade dos outros, respeite os direitos e os compromissos dos outros.
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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Estar em unidade com tudo

"Não praticamos o zazen para alcançar a iluminação especial. Praticamos o zazen apenas para sermos nós mesmos e estarmos livres de nossos esforços e tendências inúteis."



Mestre Zen Shunryu Suzuki
Livro: Nem sempre é assim . Capítulo: Estar em unidade com tudo . Página 173

AVISO

Em observância à recomendação do Decreto Distrital, as atividades do Zen Brasília serão temporariamente suspensas, inclusive a Jornada de Z...